Foto desfocada de mulher realizando pose circense com tecido

Um Domingo Qualquer

Até então, aquela beleza não tinha nome
Era luz de um sonho ainda não sonhado
Vista de longe, já era fogo-que-consome
Contemplada de perto, era anjo encarnado
Farol, cujo (meu) juízo lançou para longe
Estrela carmim que queimava ao meu lado
Nos loucos sonhos em que a bela não some
É hoje o mistério que decifra o meu passado

Dríade dos meus olhos, memória que arde
Sinfonia de fogo que aquece meu coração
Do meu castelo de amores já é estandarte
A deusa e rainha dos meus reinos de ilusão
É dela que vem o olente ar que me invade
Que me acende os desejos e apaga a razão
É a ninfa mais bela, minha linda liberdade
O afiado olhar que é minha singela prisão

E por ela já nascem os mais loucos desejos
É ela o abismo em que não paro de cair
Os ígneos sonhos que me iludem seus beijos
É a recíproca saudade que não vai esvair

Nela me encontro e em seus olhos me perco
Na via dos sonhos, faz ela o meu soneto
Não durmo de novo até que a tenha ao meu lado
Que os sonhos que ela habita, os sonhe todos acordado