Adoro quando ela me olha de soslaio! Quando me perco naquelas prismáticas esferas castanhas ladeadas de negro, naqueles fugidios olhos que mais parecem um panegírico cunhado por deuses artistas. Seu olhar é um premente sortilégio, uma mágica luz que dissipa o juízo evanescente. O fugaz toque daqueles olhos nos meus são como um cáustico beijo na pálida fronte da companheira solidão, é o vento que sopra toda a cortina rota da misantropia para debaixo do tecido veludo da suma participação.

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