Escrito há alguns anos para Clarice Lispector
Transgredi a cela da vida contingente.
Vaguei no encanto e não me perdi.
Vi no mundo um caminhar penitente,
A multicolor algema do agora e aqui
Vivi umas vidas em meu cárcere de carne,
Todas escritas sob meu olhar decumbente.
Era a magia léxica minha ígnea arte,
O sopro de vida sobre a morte eminente.
E agora que sou um corpo sem corpo,
A rima fugaz de uma poesia já lida,
Embora seja um livre imorredouro
No etéreo passeio sem volta nem ida,
Se um dia pensei que liberdade era pouco,
Apelido o que sonhava com o nome de vida.
Perfeito Vicente. Um soneto lindo em simples linhas. Delicado e perfeito. Viva Clarice.
Tá se superando!
Que maravilhosas tuas palavras. E que bela Clarice, que bela inspiração.
Tão belas são tuas palavras que me sinto muito bem ao lê-las, tu escreve tão bem que me levito em pensar que tu existe, que tu vive. (:
Muito bom Vincente.
Fica bem.
Goste principalmente da segunda parte “Vivi mil vidas em meu cárcere de carne,
Todas escritas sob meu olhar decumbente.
Era a magia léxica minha ígnea arte,
O sopro de vida sobre a morte eminente”, muito bom!
gostaria que conhecesse meu blog de arte obscura http://artegrotesca.blogspot.lcom
bjos
Versos que traduzem o que não há tradução! parabéns!!!!!!!!!
Clarice Lispector… perfeito!!!
Vicente,quão belas são suas palavras. maravilhosas!! Você é realmente um poeta. Amei suas obras!
Obrigado, Andréa!