Olhe para dentro de si, espírito ninfeu!
As brumas de agonia revelam o amor,
As rosas negras que coroam toda dor,
As algemas que te prendem ao heu.

Se faça sol nesta minha era de tempestade!
Encontre em si o espírito que é meu,
A lâmina que o próprio destino teceu,
Os védicos encantos que uivam a verdade!

Como homem, sou destruidor de mundos;
Como amante, o reinventor da realidade.
Vivo para tocar o que sempre procuro:

A volúpia vil dos seus lábios de deidade.
Sou o seu cavaleiro que habita o escuro
E a luz que busco é sua etérea beldade.

A lua te leva para a alcatéia das feras,
Mas sou eu a prata que lhe devolve a humanidade

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