Não é à toa que nos contentamos facilmente com o que somos e nos acomodamos no quarto escuro e sem janelas da alienação. Não pensar – hoje – é um panegírico manifesto dos que querem se sentir acolhidos pela ébria massa, abraçados e reconhecidos por um sistema que nos desumaniza e nos dá uma falsa noção de liberdade e sucesso: o ter, em detrimento do ser; o ignorar, em detrimento do pensar. É fácil constatar que estamos caminhando para uma era do pensamento morto, basta fazer uma análise nas redes sociais, só para se ter uma ideia: a “desimportância” é pregada e espraiada pela maioria gritante dos usuários, entretenimento vazio, humor fácil e desinteresse generalizado. E não é raro você ver críticas destrutivas em relação aqueles que ainda arriscam pensar e expressar seus pensamentos: desdenham e os ridicularizam com argumentos estéreis e nomes pejorativos. Nunca se viu o termo pseudo-intelectualismo ser tão usado. Ser estúpido, hoje, é cool! Ser ignorante é ser descolado! Ser mal-educado é ter estilo! E ser alienado é um atestado de cidadania.
Pensar é uma doença que está sendo evitada a todo custo. Campanhas invisíveis de supressão ao pensamento são uma pungente realidade. O mais assombro é que queremos isso! E perseguimos aqueles “doentes” despadronizados que colocam em risco a estase social. Conceber o pensamento é como dar à luz uma besta apocalíptica. Quem aí achou que zumbis não existiam está parcialmente equivocado.
Meu amigo, serão estes sintomas o fim de uma Era?
Antigamente falava-se em Idade das Trevas.
se muito coisa na vida é cíclica, estaremos retornando para o obscurantismo?
Este texto me faz refletir.
Um abraço portanto.
Creio estarmos caminhando vacilantes para um novo tipo de era, não como a Idade das Trevas (onde o pensamento convencional pode ter sido nublado, mas onde muito do pensamento trancendentalista e humanista teve gênese e desenvolvimento), mas um obscurantismo real. Aliás, uma era onde não veremos luz por já estarmos todos cegos, em letargo.
Obrigado pela visita!
Sinta-se a vontade para voltar sempre!
Eu tenho mais esperança!Mais amor!Mais caridade!Á sempre vacilações,desvios,descrenças! O percurso é longo, atribulado,vacilante…a Madre Tereza tem seguidores e muitos que trabalham na obscuridade,corações abertos cheios de amor,desprendimentos totais,vidas oferecidas para o bem da humanidade….á que ter esperança!!!
Um abraço
Concordo contigo! Não há veneno que mate a esperança!
Oi Pessoal, obrigado pela visita. Se quiserem, podem divulgar nosso post por aqui 🙂
Um abraço,
Marcus – bazarcriativo.com
Bom saber, Marcus! Será um prazer divulgar os posts do Bazar Criativo.
Que texto massa! bjjj
Valeu! o/
Beijo!
Zumbis, comatosos existenciais perseguem seus reflexos na superfície dos clichês de si mesmos. Paradoxalmente, ao lado dos avanços das neurociências quanto aos caminhos das elaborações pensênicas (pensamento-sentimento-energia) vivenciamos a “mutilidade”, o engessamento, a futilidade, a carência afetiva-cognitiva em geral, desfilando a sua vulgaridade, arrastando o pensar simplório, pre-condicionado nas redes sociais: lugar de alguns debate interessantes, mas quase sempre tempo-espaço de muita preguiça, ególatras de plantão, preconceituosos; podemos aventar que são como “zonas de conforto”… lugares bem-vindos para a grande maioria. Evoluir… sair da obscuridade interna, deixar a caverna, atravessar o espelho, dá trabalho!! Como sempre, muito bem escrito os teus textos. Bela reflexão!
Obrigado pela visita, Seilla!
Grato por compartilhar conosco sua visão tão poética e inteligente sobre tudo. É um privilégio!
Beijo!
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Alto bonito e sensual.
O que faria uma Jovem
solteira e cheia de sonhos
se esse sujeito a quisesse
como mulher?
Veja na postagem de ama-
nhã, domingo, no meu blog.
Um abração do,
Palhaço Poeta
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Grato pela visita! Irei conferir!
Oi…parece que cheguei um pouco tarde…seu blog talvez nem exista..seja apenas um fantasma…mesmo assim…eu gostei..e agora não sei se faço parte dos curiosos…vivos..ou já estão mortos…assim como minha capacidade de pensar? Não sei..de qualquer forma passei por aqui…deixando pegadas….até
Grato pela visita, srta. Verônica! Sinta-te a vontade para voltar sempre que quiser!
Beijo!
Concordo bastante com o que está escrito. Muita gente hoje em dia nem liga para o conteúdo das coisas e gostam de participar da “massa”. Até deu uma ligação no que escrevi no último post do blog! hahah
Quando criei o blog, fiz de tudo para ser diferente dos outro blogs que estão por aí. Gosto disso.
Beijos
Cowgirls from Hell
Bom dia, Srta. Iza! Queira perdoar a demora para respondê-la.
Realmente fiz – sem querer – uma ponte entre o que escrevi e o que até então estava publicado em seu blog, o qual é como você disse: diferente da maioria que se vê por aí. Estão de parabéns!
Beijo!
Vi, simplesmente amei o seu blog. Só a descrição do seu perfil já me chamou atenção. Tudo a ver com a Psicologia, que tanto amo.
Ainda não li sua história (gosto de ler sempre o primeiro post de um blog, e o resto é claro), mas já me identifiquei hein. Precisamos trocar figurinha porque o assunto é bom demais!
Só parar dar uma opinião, essa alienação vem desde criança, isso é aprendido, pois a criança não pode pensar, responder, questionar e quando levamos para o ambiente escolar, piorou!
Tenho uma professora, com perfil de pesquisadora, que nos mata de pensar na prova e a turma é fraca, porque não temos base argumentativa de nada. E isso me irrita, me diminui, me faz pensar. Quando reclamamos com ela a tal falta de base, ela simplesmente nos deu um fora educado e mandou a gente ler mais.
É isso aí. Somos criados assim, e isso perpetua durante gerações.
Vou acompanhar seu blog e obrigada pela visita ao meu!
Abraços.
Obrigado, Camila!
Sim! Realmente isso vem de berço e é perpetuado pelo Super Ego.
Fique a vontade para voltar sempre que quiser.
é complicado isso ne´. Adorei o texto . http://blogdavine.blogspot.com.br
É o preço que pagamos pelo avanço da tecnologia , pela globalizaçao, pela importancia excessiva dada a midia… que transforma seres humanos em robos que fazem tudo o que seu “mestre mandar”… e o pior… acham que com isso estao integrados ao mundo moderno… mas… toda regra tem exceçao… e elas estao por ai…muito provavelmente sofrendo preconceitos…
É realmente o preço que pagamos! As vezes quase me vejo obrigado a adotar a posição tecnofóbica que tinha o mestre J.R.R. Tolkien. A tecnologia – sinal do progresso – tem-nos reduzido a expectadores de uma vida que se teatraliza em nossa frente, enquanto assistimos com a ilusão acolhedora de a estarmos vivendo. Mas seria a tecnologia que nos está transformando ou seríamos nós os corruptores da tecnologia?
Obrigado pela visita!
Pensar..dói é a grande verdade…porque pensar abre os horizontes..
Já disse Cyrus, em Matrix: “A ignorância é uma benção”
Eu vivo usando as redes sociais pra analisar o comportamento das pessoas. Mas, sei lá, eu me sinto tão superficial, sabe? Acho mesmo que hoje vivemos numa grande Groelândia, onde tá todo mundo sentindo falta de amor, mas ninguém querendo amar de verdade.
Beijos!
Pode ser mesmo algo assim. Uma busca por algo que não se quer alcançar de verdade.
Naturalmente humano, creio.
Mas toda essa evolução tem seu preço.
Buscamos sim atravéz das redes uma realização, quem sabe?
Um reconhecimento?
Ao mesmo tempo que a internet foi um facilitador, também criou um muro dentro do virtualismo.
E como disse alguém o mundo virtual também tem seus zumbis sim, e tem bastante preconceito para com quem se difere no quesito pensar que você tão bem colocou. É só esperar o apedrejamento, a crucificação, e o escárnio. Esse lado é triste, e é o mundo real se sobrepondo ao virtual.
Um abraço.
É isso mesmo que acontece…
Bela reflexão, estou notando que a modernidade está afastando o ser humano da sua essencia.
Por vezes somos guiados pelas influências da mídia. Temos que discernir e ficar atentos.
Parece que nossa consciência é inversamente proporcional ao nosso avanço no tempo.
Tá rolando um tipo de promoção bem Rock n’ roll lá no blog, confere lá! Beijo
http://shelikesrockn-roll.blogspot.com.br/
Vou conferir, sim.
Beijo.
Só acho errado as pessoas nao quererem pensar sabe. Sei lá como vc disse é uma doença…não deveria ser considerada uma doença. é muito especial pensar. http://blogdavine.blogspot.com.br/
Concordo contigo!
Mas é o que se prega, hoje. Infelizmente.
Muito bom. Outra vez, bem pensado, rs. Realmente o Facebook é o reflexo dessa sociedade alienada.
Abraço