Minhas mãos ainda se lembram
Da pele arrepiada que suas curvas vestiam,
Do seu cabelo (que elas quase arrancavam)
E dos quadris que elas (afoitas) dirigiam.

Nossos corpos ali ardiam!

Meus olhos revivem sempre
Sua beleza nua, pela meia-luz atenuada,
Seu olhar sacana de quem está amando,
Os dentes cravados no lábio, extasiada.

Ah! Éramos libidinosa balada!

Até seu perfume ainda me visita,
Um fragrante tom de desejo evaporado,
O cheiro do amor em lancinante luxúria
Revelando a conquista do céu infernizado.

Diabólicas rosas foram nosso jardim velado…

A constelação de sons ecoa em mim,
Sua voz fugidia me pedindo para te amar.
O fogo invisível daqueles gritos sem dor
Acendem ainda o pavio do meu fantasiar.

Da terra dos prazeres, éramos o mar.

Minha língua detém o seu sabor,
Daqueles absurdos e ardentes beijos,
Desbravadores do seu norte, seu sul,
Que percorriam seu corpo e a cravavam no meio.

Não partimos, um hiato é que veio.

TEXTOS RELACIONADOS

ELA ABRIL O QUARTO DIA

0 Comments1 Minutes

GRAALV ENTRE BALADA E BALAS

0 Comments1 Minute

CURRAL DEL REY

0 Comments1 Minute

NAS FRONTEIRAS DE SEORF

0 Comments1 Minute

LEIA-SE

4 Comments1 Minutes

O CAVALEIRO NEGRO – CORO I

4 Comments2 Minutes

DESERTO DO REAL

5 Comments1 Minutes

VAGABUNDO

4 Comments1 Minutes

NEM SEMPRE A MARGEM É SÓLIDA

30 Comments1 Minute

ATO APÓCRIFO

12 Comments1 Minute

Privacy Preference Center